quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

E o que não foi, não é.


Eu sei que ainda vou voltar. Mas eu quem será?





Nunca descobri. Nunca soube quem sou eu.
Também nunca fiz questão. Não gosto de me rotular, não gosto de dizer que sou azul, porque quando sou azul, não posso ser laranja. Eu gosto mesmo é de ser azul, laranja, rosa, verde e vermelho num só instante. Sei que não gosto de exageros, e nem de muitas incógnitas. Gosto do meio-termo, mas não gosto de pessoas mornas. Me mantenho entre o ultra-romantismo e a arte de vanguarda. Danço entre a timidez e a empolgação, entre o medo e as mágoas. Convivo com a vontade e a preguiça, uma reputação ruim, e com as expectativas dos amigos. Não gosto de longos verões, e nem de invernos gelados demais.
Talvez amanhã eu ache que isso é falso, e que eu não deveria ter escrito, talvez amanhã eu direi que sou um livro aberto, e que é facil saber quem sou.
Talvez amanhã eu me encontre.
Talvez.
Amanhã.