sábado, 27 de novembro de 2010

Você para de procurar monstros embaixo da cama,
quando percebe que eles estão dentro de você.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Da dura poesia concreta de tuas esquinas.

Da deselegância discreta de tuas meninas.

São Paulo tem que ser vivida, tem que ser sentida.
E se não gosta, é
porque nunca foi à uma virada cultural, ou nunca viu as luzes de natal na Av. Paulista.
E se reclama do transporte é porque nunca ninguém sorriu pra você no metrô, ou porque nunca conheceu ninguém num ponto de ônibus qualquer.
E se não gosta da agitação é porque nunca deitou na grama do Ibirapuera num sábado a tarde.
Quem vive a cidade consegue ver beleza nessas pequenas coisas, nas curvas do copan, na imponência do municipal e no amanhecer por trás das nuvens, quando ele é visto de uma esquina qualquer da consolação.

 

Alguma coisa acontece sim, no meu coração.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Porque o melhor fica da porta pra cá.

E o coração fica da porta pra fora.
Luzes coloridas piscando ritmadamente, copos e mais copos de um ácido qualquer.
Sem saber o que procura, olhando para todas direções, aquela menina no canto dança como se não houvesse nada ao seu redor. Outro cara no bar, virando seu copo em slow motion.
Nunca tão decente, eu consigo te imaginar dançando. Encarando todos a sua volta. Eles não te conhecem, eles não fazem questão. Ignorando todos os avisos, você salta. Se joga entre bêbados e drogados, você pula, brincando de esconder com a vida.
E você finge não reconhecer aquelas garotas do sofá, você finge se divertir. Pra que elas não venham te incomodar. Você mente. Teu nome, o teu endereço, e esse teu orgulho inquebrável, todos falsos.
Você se apaixonou pelo perigo, se apaixonou pelo escuro e pelo sujo.
A diferença entre o veneno e o remédio, é só a dose.



E faz com que o suposto acaso
Seja um mero detalhe, previsível e engraçado.

domingo, 7 de novembro de 2010

Even if it breaks your heart.

Seja fácil, jogue o jogo dele, morda os lábios, fale besteiras, faça com que ele se sinta atraído. Seja boba, os homens adoram. Faça perguntas, se interesse pelos assuntos dele.
Pareça inferior, pareça um pouco bêbada. Ou melhor, esteja um pouco bêbada. Finja que não se interessa muito pelo futuro da relação, que não quer que ele te ligue no dia seguinte.
Seja provocante, não tenha princípios, nem ideais. Afinal, ele não está interessado em quem você é, e sim na roupa em que você veste. Vista roupas curtas, aliás, e apertadas, de preferência. Não pareça vulgar, só dê a entender que você não está pra brincadeiras.
Seja fútil, finja que não sabe exatamente o que fala, é super atrativo. Ria, ria como se a sua vida dependesse disso, ria de tudo que ele diz, até do que não é engraçado.
Fique com ele, faça tudo que ele deseja, mesmo o que você não quer. Faça, inclusive, o que você nunca fez, mas nunca diga isso pra ele. Isso não faz de você especial. Não negue coisa alguma, mas também não peça nada, haja como se aquilo fosse natural, parte da sua rotina. E sempre dê a entender que ele está no comando. Isso é imprescindível.
Vá embora, chore como não houvesse nada mais a se fazer, sinta-se a maior idiota do mundo. A completa otária, porque essa é você, nada além de um caso de uma noite. Mais uma, mais uma garota efêmera perdendo seu tempo com um completo idiota, procurando por amor onde não existe. Servindo de objeto, esperando uma ligação no dia seguinte. Mas ele não pediu seu telefone, pediu?
Agora repita isso, repita até cansar, repita até que seu coração esteja poéticamente partido em pedaços pequenos, tão pequenos que você não consegue nem ao menos contar. E quando isso acontecer. Faça de novo.
Você não tem escolha, tem?  Garotas de verdade fazem isso.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

I forget to say out loud,

How beautiful you really are, to me.
Eu sei que as vezes eu esqueço do quanto você gosta de mim, que muitas dessas vezes eu te magoo, e que além de tudo eu espero que você sempre entenda. E que te deixo encabulado com algumas coisas que digo. Que faço ou fiz tudo que você mais desaprova. E que eu digo coisas importantes com um tom de normalidade muito fora do comum, pra ti.
Eu não sei quantas vezes eu já disse pra ti o quanto eu gosto desse teu jeito de me aceitar, mesmo quando eu sei que você só queria poder levantar da tua cadeira me pegar pelos ombros, chacoalhar e gritar algumas palavras, pra me fazer criar juízo.
É que eu queria que tu visse tanta coisa, queria que tu sentisse tanta coisa, que visse as cores da cidade como eu vejo, que sentisse a chuva como eu sinto. Tantos momentos assim que eu queria dividir contigo. Tantas discussões que eu queria ter olhando nos teus olhos.
E olhando nos teus olhos, eu queria poder te dar esses parabéns.
Feliz 18 primaveras, carnavais, verões, dia-das-bruxas. Feliz 18 anos.
Sinta-se abraçado. Mais uma vez, mais de mil vezes.

Eu te adoro, L.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Você precisa saber da piscina.


You know, you must try the new ice-cream flavour.
Do me a favour, look at me closer.
Join us and go far,
And hear the new sound of my bossa nova,
Baby, baby.