domingo, 15 de janeiro de 2012

hard time for dreamers

domingo, 6h43 da manhã, meu telefone toca e a partir desse momento respirar tem sido mais difícil. nós dividimos muito mais do que algumas piruetas, meu amigo. eu te contei minha vida, te confiei as minhas falhas, as minhas fragilidades mais absurdas. e você me deu a alegria de descobrir teus medos, as tuas ambições e seus sonhos mais utópicos. me apoiou, me segurou em muitas das minhas quedas. foi meu parceiro, meu professor, minha inspiração.
meu coração se acalma por poder ter te dito isso enquanto ainda podia ver teu sorriso, e olhar nos teus olhos. me perdoe por ter chorado tanto nesse nosso último adeus. é que me pareceu tudo tão injusto e tão sujo que eu acabei por esquecer que tu tinha me pedido pra nunca chorar pela perda de alguém, me perdoe, de verdade. eu não sei descrever a dor que eu senti sabendo que a tua vida foi tirada de maneira tão covarde, amigo. eu senti ódio, eu senti nojo. agora eu sinto dor. uma dor imensa. não só pela minha perda, mas pela perda do mundo por você ter ido embora.
hoje cedo, nós perdemos uma das pessoas mais extraordinárias que tivemos oportunidade de conhecer. o mundo fica um tanto mais escuro sem o teu brilho.
você nos deixou órfãos de seu talento, bruno. órfãos da sua garra, da sua força, da sua vontade de viver.
e todas as vezes que eu calçar minhas sapatilhas, vou lembrar que faço isso não só por mim, faço isso por você e pelo nosso sonho.
vá em paz, meu amigo, sentiremos eternamente a sua falta ♥