terça-feira, 27 de abril de 2010

Você não tinha o direito.

De me deixar daquele jeito.








E você se encontra procurando razões para aquele velho problema ter retornado, enquanto pensa nos números bicolores daquele jogo de cartas que está na tela do seu computador. Ouvindo músicas que te remetem ao seu passado, e a pessoas que você tanto sente falta. O piscar das luzes do modem da internet, te deixa a cada minuto mais angustiada, e a pergunta que não sai da tua cabeça é 'Por quê as coisas não podem estabilizar? Por que elas sempre estão indo e voltando?'
E aquela imagem que você não consegue esquecer. Ele ali, parado, esperando um convite seu, esperando que você o surpreendesse, com aquele sorriso no canto da boca, como se estivesse o fazendo só pra lhe provocar. É, ele estava lá, aquele mesmo cara que te faz ter bons sonhos, todas as noites.
Você o deixou ir embora.
Pensa que talvez ele volte, amanhã. Estará lá, encostado na mesma parede, com aquele mesmo sorriso misterioso que tanto te provoca. Mas ele nunca te quis, não é mesmo? Ele nunca te olhou daquele jeito, que você vê nos olhos dos outros caras apaixonados. Ele se quer te olhou. Nem mesmo por um segundo. Por que ele estaria te esperando amanhã?
Agora as lágrimas enchem teus olhos, e aquela tua antiga sensação de perda volta a te sufocar, e aqueles olhos que nunca te olharam passam a te fazer uma falta imensa. E a música que ecoa dos alto-falantes, diz que não se deve perder nenhuma oportunidade. Mas, que diferença isso te faz, Margot?
Quanto isso te afeta, agora?

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