terça-feira, 21 de setembro de 2010

Sambo por gostar de alguém, gostar de

me lava a alma, me leva embora.

Eu nunca tinha parado pra pensar no quão importante pra minha criação tu tinha sido, pai. Tu consegue acreditar nisso? Tu é meu pai, e eu nunca tinha reparado o quanto de ti tem em mim. E que grande parte de tudo que eu sou eu devo a tua influência. 
Logo eu, que nunca fui de verbalizar meus sentimentos, principalmente em relação à você e à nossa relação de amor e ódio. Logo eu, que herdei de ti a teimosia e a prepotência, e tu sabe disso. Justamente eu. Aqui, escrevendo pra você que é a minha maior birra, a minha briga garantida. Mas que também é meu primeiro colo, minha primeira fuga, o meu maior abraço, e se não o maior, o mais apertado, o mais cheio de significado. Tu é meu exemplo, mesmo que as vezes eu teime em fugir de ti, te vejo quando olho no espelho, sou teu reflexo, é visível. 
Sei que devo a ti muitas das minhas gargalhadas, as minhas lembranças de infância - aquelas só nossas -, o meu medo do escuro, o meu gosto musical, e aquele gosto de carnaval com cheiro da garoa de sampa que eu sei que você também sente em tudo que tu faz. 
Tem muito de você comigo, pai. 
Tantas coisas que eu queria te contar sobre mim, e tantas que eu queria saber sobre você. E todo esse orgulho de te ter do meu lado. 
Eu sei que não digo isso o suficiente, mas eu te amo pai, eu te amo muito.









Um comentário:

  1. Billy Moreira @billymoreira7721 de setembro de 2010 às 15:03

    isso tem a ver com um comentário de um cara barbudo e despenteado no ônibus?

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