quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Porque o melhor fica da porta pra cá.

E o coração fica da porta pra fora.
Luzes coloridas piscando ritmadamente, copos e mais copos de um ácido qualquer.
Sem saber o que procura, olhando para todas direções, aquela menina no canto dança como se não houvesse nada ao seu redor. Outro cara no bar, virando seu copo em slow motion.
Nunca tão decente, eu consigo te imaginar dançando. Encarando todos a sua volta. Eles não te conhecem, eles não fazem questão. Ignorando todos os avisos, você salta. Se joga entre bêbados e drogados, você pula, brincando de esconder com a vida.
E você finge não reconhecer aquelas garotas do sofá, você finge se divertir. Pra que elas não venham te incomodar. Você mente. Teu nome, o teu endereço, e esse teu orgulho inquebrável, todos falsos.
Você se apaixonou pelo perigo, se apaixonou pelo escuro e pelo sujo.
A diferença entre o veneno e o remédio, é só a dose.



E faz com que o suposto acaso
Seja um mero detalhe, previsível e engraçado.

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