quarta-feira, 19 de maio de 2010

Eu tô levando tudo de mim,

que é pra não ter razão pra chorar.










Estou te deixando, e não vou mais voltar.
Eu não fui feito pra você e sempre soube disso. Sei que sutileza não é meu ponto forte e que vou te magoar.
Não posso te dizer pra onde eu vou, se vou voltar, ou até mesmo se vou a algum lugar. Pra você, só importa que é aqui onde nossos caminhos se separam, e é também aqui, onde nós acabamos, onde nossos planos caem por terra, e onde você passa a viver sozinha, Margot.
O que eu quero dizer com tudo isso, é que, Margot, você deixou de fazer parte dos meus planos há um longo tempo, e que eu nunca fui realmente sincero contigo.
Eu quero você entenda, que eu sei onde tudo isso vai nos levar, e que eu sempre soube que ia acabar magoando teus sentimentos, desde o primeiro dia.
Lembra do primeiro dia?
Eu lembro, das minhas e das tuas palavras, artificial e cuidadosamente escolhidas de ambas as partes, soavam como um grande trocadilho. Aquele trocadilho me atraiu, o seu trocadilho me atraiu, porque era assim que você soava, para mim, um trocadilho, um desafio. Um quebra-cabeças que eu tinha certeza que conseguiria montar.
Incrível como você me enganou, Margot.
Você sempre me enganou, conseguiu o que ninguém consegue, me decifrou, me descobriu, enquanto eu não consegui tirar nada de ti, menina. Você é uma fortaleza, não consegui de montar, não consegui te decifrar.
Desisti. Há exatos três meses atrás.
Foram noventa dias de angústia, acredite. Mas hoje, no dia da minha despedida, te deixo essa carta.
Dizendo que meu coração nunca foi seu, mas que o seu também não foi meu.
Nós não fizemos parte, um do outro.
É como se fosse um livro, que eu me interessei muito pela resenha, mas perdi o foco pelo personagem principal assim que a trama passou a se complicar.



Bom, Margot, é aqui onde eu me despeço.
Adeus.






G,

Divertidíssimo, ter escrito contigo (:


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