sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Saibamos pois.
E a cada separação, um pedaço de nossos corações fica. Fica preso naquele último olhar, num adeus sem palavras, fica ali, perdido naquele romance de porta de bar, nesses três minutos de amor sincero e correspondido. Nesse futuro com filhos, casa de praia e cachorro que você acabou de deixar pra trás.
Eu sinto a necessidade de cronometrar, de fotografar, de gravar em mim cada um desses momentos. Eu preciso saber todos os por quais e porquês do fim. É, do fim. Eu preciso me lamentar, eu preciso chorar, eu preciso sentir falta, eu preciso me lembrar de tudo. Eu preciso me lembrar do teu cheiro e de como você arrumava o cabelo entre uma palavra e outra. Preciso me lembrar delas também, das palavras. Do jeito como você as pronuncia e da entonação que a elas atribui. Vou me lembrar dos sentimentos, também, do jeito como você os esconde e os escancara ao mesmo tempo. E de como você se surpreende comigo e com as coisas que eu sou capaz de sentir. Sei que você sente todas elas, eu tenho certeza.
Vou me lembrar do que as pessoas me diziam sobre nós, de como o meu humor aparentemente mudava, ou de como eu dispensava tudo quando sentia saudade dos teus braços. Teimávamos em não admitir qualquer comentário sobre isso, quando você não percebe, as coisas duram mais sem se tornar incômodas. Descobríamos então o segredo pra felicidade.
Me limito a continuar aqui, me referindo ao hoje como ontem, e me perdendo em um passado que ainda é presente. Só porque sei que não temos escapatória, nasceu fadado ao fim, cresceu pra ser lembrança. Toda história de amor é uma cerimônia de adeus.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
You just need something to hold tight, my dear.
Você precisa acreditar. Nem sei quantas vezes eu já te disse isso.
Tu precisa mostrar a que veio. Pegar aquelas oportunidades que você tem e fazer delas o que tu tanto imagina enquanto olha pras paredes do teu quarto, enquanto aquelas lágrimas salgadas lhe escorrem dos olhos. Eu sei que você quer, eu sei que você precisa disso mais do que ninguém, você precisa desse conselho.
Eu sei o quanto você precisa que alguém pegue a tua mão e te diga que nunca mais vai largar, alguém que se importe e que te ligue dezessete vezes por dia, que te faça sorrir pela manhã e que te suje de sorvete e divida o guarda-chuva, mesmo que tu se molhe todo. Sei o tanto de felicidade que te falta.
E você sabe que isso só pode dar certo se for feito por você, sabe que precisa se esforçar, manter a calma, continuar tentando.
Eu só desejo profundamente que você não desista, meu querido. E que você nunca esqueça o quanto de sorte você tem e nunca, nunca duvide das suas opiniões, elas são tudo que você tem. Eu simplesmente não aguento te ver duvidando de ti mesmo, eu sei que tu consegues.
Eu te adoro, e espero que você me desculpe por ter sido sempre tão dura com as palavras.
sábado, 27 de novembro de 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Da dura poesia concreta de tuas esquinas.
Da deselegância discreta de tuas meninas.
São Paulo tem que ser vivida, tem que ser sentida.
E se não gosta, é porque nunca foi à uma virada cultural, ou nunca viu as luzes de natal na Av. Paulista.
E se reclama do transporte é porque nunca ninguém sorriu pra você no metrô, ou porque nunca conheceu ninguém num ponto de ônibus qualquer.
E se não gosta da agitação é porque nunca deitou na grama do Ibirapuera num sábado a tarde.
Quem vive a cidade consegue ver beleza nessas pequenas coisas, nas curvas do copan, na imponência do municipal e no amanhecer por trás das nuvens, quando ele é visto de uma esquina qualquer da consolação.
Alguma coisa acontece sim, no meu coração.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Porque o melhor fica da porta pra cá.
Luzes coloridas piscando ritmadamente, copos e mais copos de um ácido qualquer.
Sem saber o que procura, olhando para todas direções, aquela menina no canto dança como se não houvesse nada ao seu redor. Outro cara no bar, virando seu copo em slow motion.
Nunca tão decente, eu consigo te imaginar dançando. Encarando todos a sua volta. Eles não te conhecem, eles não fazem questão. Ignorando todos os avisos, você salta. Se joga entre bêbados e drogados, você pula, brincando de esconder com a vida.
E você finge não reconhecer aquelas garotas do sofá, você finge se divertir. Pra que elas não venham te incomodar. Você mente. Teu nome, o teu endereço, e esse teu orgulho inquebrável, todos falsos.
Você se apaixonou pelo perigo, se apaixonou pelo escuro e pelo sujo.
A diferença entre o veneno e o remédio, é só a dose.
E faz com que o suposto acaso
Seja um mero detalhe, previsível e engraçado.
domingo, 7 de novembro de 2010
Even if it breaks your heart.
Pareça inferior, pareça um pouco bêbada. Ou melhor, esteja um pouco bêbada. Finja que não se interessa muito pelo futuro da relação, que não quer que ele te ligue no dia seguinte.
Seja provocante, não tenha princípios, nem ideais. Afinal, ele não está interessado em quem você é, e sim na roupa em que você veste. Vista roupas curtas, aliás, e apertadas, de preferência. Não pareça vulgar, só dê a entender que você não está pra brincadeiras.
Seja fútil, finja que não sabe exatamente o que fala, é super atrativo. Ria, ria como se a sua vida dependesse disso, ria de tudo que ele diz, até do que não é engraçado.
Fique com ele, faça tudo que ele deseja, mesmo o que você não quer. Faça, inclusive, o que você nunca fez, mas nunca diga isso pra ele. Isso não faz de você especial. Não negue coisa alguma, mas também não peça nada, haja como se aquilo fosse natural, parte da sua rotina. E sempre dê a entender que ele está no comando. Isso é imprescindível.
Vá embora, chore como não houvesse nada mais a se fazer, sinta-se a maior idiota do mundo. A completa otária, porque essa é você, nada além de um caso de uma noite. Mais uma, mais uma garota efêmera perdendo seu tempo com um completo idiota, procurando por amor onde não existe. Servindo de objeto, esperando uma ligação no dia seguinte. Mas ele não pediu seu telefone, pediu?
Agora repita isso, repita até cansar, repita até que seu coração esteja poéticamente partido em pedaços pequenos, tão pequenos que você não consegue nem ao menos contar. E quando isso acontecer. Faça de novo.
Você não tem escolha, tem? Garotas de verdade fazem isso.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
I forget to say out loud,
Eu sei que as vezes eu esqueço do quanto você gosta de mim, que muitas dessas vezes eu te magoo, e que além de tudo eu espero que você sempre entenda. E que te deixo encabulado com algumas coisas que digo. Que faço ou fiz tudo que você mais desaprova. E que eu digo coisas importantes com um tom de normalidade muito fora do comum, pra ti.
Eu não sei quantas vezes eu já disse pra ti o quanto eu gosto desse teu jeito de me aceitar, mesmo quando eu sei que você só queria poder levantar da tua cadeira me pegar pelos ombros, chacoalhar e gritar algumas palavras, pra me fazer criar juízo.
É que eu queria que tu visse tanta coisa, queria que tu sentisse tanta coisa, que visse as cores da cidade como eu vejo, que sentisse a chuva como eu sinto. Tantos momentos assim que eu queria dividir contigo. Tantas discussões que eu queria ter olhando nos teus olhos.
E olhando nos teus olhos, eu queria poder te dar esses parabéns.
Feliz 18 primaveras, carnavais, verões, dia-das-bruxas. Feliz 18 anos.
Sinta-se abraçado. Mais uma vez, mais de mil vezes.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Você precisa saber da piscina.
You know, you must try the new ice-cream flavour.
Do me a favour, look at me closer.
Join us and go far,
And hear the new sound of my bossa nova,
Baby, baby.
domingo, 31 de outubro de 2010
Feriadão promete.
Pessoas não servem pra nada quando se tem uma caneca de café com achocolatado,
muito sono, 4gb de música e 4 dias livres pela frente.
Minha cama que me aguarde.
Eu quero morrer sozinha com a minha música e meu travesseiro, adeus.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
And I always thought I would end up with you, eventually.
Faz transbordar o meu copo meio vazio, me faz querer todos os clichês românticos ao mesmo tempo, de beijos na chuva à se lambuzar de brigadeiro, me faz pensar em envelhecer, em criar juízo, em manter rotinas, em ser a mesma pessoa todos os dias.
Tu me tenta a te tornar verdade, justo quando o que eu mais preciso é de uma mentira daquelas mal contadas.
Pra retornar aos bons e velhos tempos , perder o juízo, acordar marcada, cheirando a álcool e à fumaça dos cigarros, enchendo xícaras e mais xícaras de café frio e transpirando rock and roll.
Então tu te torna a minha mentira, a minha parte junkie, as marcas no meu corpo, a cerveja, tu te torna todas as partes da minha vida.
Tu leva meu coração contigo, pra onde quer tu vá. Por que ele é teu.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
se eu só pudesse te olhar.
Se tens em mim o teu revólver,
hei de ti próprio disparar.
Por onde é que andarás?
Why would I loose my mind?
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
It's been a while.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Pra não dizer que não registrei.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Deixe tocar, aquela canção.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
She is
sábado, 2 de outubro de 2010
Creepin' up the backstairs.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Das noites que eu perdi.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Sambo por gostar de alguém, gostar de
Eu nunca tinha parado pra pensar no quão importante pra minha criação tu tinha sido, pai. Tu consegue acreditar nisso? Tu é meu pai, e eu nunca tinha reparado o quanto de ti tem em mim. E que grande parte de tudo que eu sou eu devo a tua influência.
Logo eu, que nunca fui de verbalizar meus sentimentos, principalmente em relação à você e à nossa relação de amor e ódio. Logo eu, que herdei de ti a teimosia e a prepotência, e tu sabe disso. Justamente eu. Aqui, escrevendo pra você que é a minha maior birra, a minha briga garantida. Mas que também é meu primeiro colo, minha primeira fuga, o meu maior abraço, e se não o maior, o mais apertado, o mais cheio de significado. Tu é meu exemplo, mesmo que as vezes eu teime em fugir de ti, te vejo quando olho no espelho, sou teu reflexo, é visível.
Sei que devo a ti muitas das minhas gargalhadas, as minhas lembranças de infância - aquelas só nossas -, o meu medo do escuro, o meu gosto musical, e aquele gosto de carnaval com cheiro da garoa de sampa que eu sei que você também sente em tudo que tu faz.
Tem muito de você comigo, pai.
Tantas coisas que eu queria te contar sobre mim, e tantas que eu queria saber sobre você. E todo esse orgulho de te ter do meu lado.
Eu sei que não digo isso o suficiente, mas eu te amo pai, eu te amo muito.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Never meant to hurt you.
Que eu não estou sozinha quando fico deitada pensando em como tudo poderia ter sido, e em como passamos de verdade absoluta, dogmática, eu me permito dizer. Para estranhos, sem muita vontade de se conhecer, que se encaram em um lugar qualquer. Pra essa mentira mal contada, encardida.
Eu sei que não deveria ficar aliviada com o teu sofrimento. Mas eu fico, seres humanos são egoístas, eu não poderia ser exceção. Sofri, agora é a tua vez. Nem sei quantas vezes me peguei me repreendendo por pensar assim 'que cruel'.
Queria que tu tivesse coragem de me dizer, aquilo tudo que eu sei que você pensa, e que tu sabe que eu também já pensei. Ainda penso.
sábado, 18 de setembro de 2010
Foi numa segunda de manhã,
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
E é você devolvendo a minha insônia.
Coração aflito, manso.
domingo, 15 de agosto de 2010
Três posts.
Tudo que eu quero agora é manter a calma e esperar que o mundo desabe.
Eu
Lets try plan B.
domingo, 1 de agosto de 2010
what you gonna do?
Sono, aulas intermináveis, conversas de elevador, tédio, inferno astral, música pra alegrar, música pra deprimir, explicações, ressaca moral sem motivo aparente, sonhos recorrentes.
sábado, 24 de julho de 2010
sábado, 17 de julho de 2010
Pra que? é só olhar para trás.
domingo, 11 de julho de 2010
then reality kicked in within us.
Mas hoje tudo que eu posso dizer é que não senti falta de ti.
domingo, 4 de julho de 2010
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Lets play pretend.
domingo, 27 de junho de 2010
Eles dizem,
sábado, 26 de junho de 2010
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Go get your shovel,
terça-feira, 22 de junho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Noboby raise your voices,
sábado, 19 de junho de 2010
Sobre a falta de paciência.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Dai que ela relaxa quando deveria surtar, e surta quando tem motivos suficientes pra relaxar.
E a diversão continua,
quarta-feira, 16 de junho de 2010
terça-feira, 15 de junho de 2010
These colorful thoughts of existence,
A falta é completamente irresponsável.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Embriaguez, morango e unicórnio.
sábado, 5 de junho de 2010
Desonesto, prepotente e egoísta. Tenho um interesse especial pelas atividades que destróem o espírito. Apesar de tudo, acredito que sou; no fundo; apenas um ser inteligente e sensível, mas com uma alma de palhaço que faz questão de estragar tudo no momento mais crucial.